segunda-feira, 31 de março de 2008

Compromisso com a Igreja (Católica) e com o Brasil.

DIMAS LARA BARBOSA,
bispo auxiliar católico do Rio de Janeiro

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Nossas assembléias gerais são fundamentais para que a CNBB cumpra seu papel de fonte inspiradora à ação pastoral da igreja no Brasil
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DESDE que foi criada, em 1952, sob a inspiração do saudoso dom Hélder Câmara, cujo centenário de nascimento estamos a celebrar, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vem escrevendo uma história que orgulha a igreja brasileira.

Instrumento na consolidação da comunhão episcopal (são mais de 420 bispos, aí incluídos os eméritos), a CNBB se configura também como insubstituível mediação na busca da unidade pastoral que marca as 271 circunscrições (arquidioceses, dioceses, prelazias...) espalhadas por todo o Brasil, com suas mais de 9.000 paróquias, 18 mil presbíteros, 2.300 diáconos permanentes, mais de 38,7 mil religiosos e religiosas e membros de outras formas de vida consagrada, além de centenas de milhares de agentes pastorais, leigos e leigas, responsáveis pela evangelização de nossas comunidades.

Sem dúvida, nossas assembléias gerais, realizadas anualmente, são fundamentais para que a CNBB cumpra seu papel de fonte inspiradora para a ação pastoral da igreja no Brasil. Aí reunidos, os bispos exercem, de maneira colegiada, sua missão de pastores. Partilhando preocupações e esperanças, debruçam-se sobre a realidade na qual está inserido o povo de Deus e, à luz das Sagradas Escrituras e do magistério da igreja, buscam os melhores caminhos para levar a todos a vida em abundância que Jesus veio trazer (cf. Jo 10,10).

Nesta 46ª Assembléia, que realizaremos de 2 a 11 de abril, em Itaici (Indaiatuba, São Paulo), entre os muitos assuntos a serem discutidos, três merecem destaque. O primeiro deles é o das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, um documento referência para nosso planejamento pastoral.
Renovadas a cada quatro anos, as diretrizes não só asseguram, na diversidade, a unidade da igreja como também apontam pistas para que a evangelização esteja cada vez mais de acordo com as exigências de seu tempo e, portanto, fiel a Jesus Cristo e a seu plano de construção de uma sociedade justa e fraterna, sinal do reino que Ele inaugurou entre nós.

Está cada vez mais claro para nós que "vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural", em que "se dissolve a concepção integral do ser humano, a sua relação com o mundo e com Deus" (cf. Documento de Aparecida, 44).
Por causa de uma economia subserviente ao mercado e voltada primordialmente para o lucro, vemos dilacerados os rostos de tantos excluídos, que se tornam supérfluos e descartáveis. Não fazemos pastoral para anjos, mas para pessoas concretas que vivem situações concretas de dor e sofrimento.

Um segundo tema que ocupará a atenção dos bispos em Itaici são as decisões da 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, realizada em Aparecida (SP) em maio do ano passado.

Essa conferência, ao mesmo tempo em que reafirmou as grandes opções da igreja latino-americana e caribenha pelos pobres e pela fidelidade ao Vaticano 2º, mostrou também uma força nova que brota das comunidades eclesiais de base (CEBs), das novas comunidades e movimentos com seus carismas próprios.

Não deixou, porém, de mostrar algumas fraquezas que requererão de nós esforço e trabalho para serem superadas. Nesse contexto se insere o apelo a uma conversão pastoral que significa a revisão de nossas estruturas e métodos pastorais.
Desafia-nos, ainda, o número de comunidades privadas da eucaristia por causa da escassez de padres, além da multidão de católicos que, sem deixar formalmente nossa igreja, não participam de nossas comunidades nem têm vida sacramental.
Ainda sob a inspiração da conferência de Aparecida, nasce o terceiro tema de nossa assembléia: a missão continental. Definida como uma grande ação conjunta da igreja da América Latina e do Caribe, essa missão há de se constituir num momento ímpar de reavivamento da fé no coração dos católicos, levando-os a um compromisso com a justiça e a paz, conforme o desejo do próprio Cristo.

Confiamos na ação do Espírito Santo que haverá de nos assistir. Sob sua luz e sob a proteção da mãe Aparecida, queremos olhar para a igreja e para o Brasil, a fim de sermos protagonistas de uma nova história, na construção da civilização do amor.

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DOM DIMAS LARA BARBOSA , 52, doutor em teologia sistemática pela Universidade Gregoriana de Roma, é bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
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A opinião do autor não traduz a opinião do diretor deste blog.
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Fonte: Folha/tendências e debates.

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quinta-feira, 27 de março de 2008

Ligeiramente Grávido.



O transexual americano Thomas Beatie anunciou estar grávido de uma menina e deve dar à luz em julho deste ano, apesar da oposição da classe médica, de parentes e amigos.

Em depoimento prestado à revista dirigida a homossexuais The Advocate, Beatie, que nasceu mulher, mas trocou de sexo há oito anos, conta que sua mulher de dez anos, Nancy, sofreu uma histerectomia - retirada do útero - no passado e, quando o casal decidiu iniciar uma família, coube a ele engravidar.

"Querer ter um filho biológico não é um desejo feminino ou masculino, é um desejo humano", disse Beatie, acrescentando que, quando o casal decidiu ter um filho, ele parou de tomar suas doses regulares de testosterona e voltou a ovular naturalmente, não sendo necessário o uso de nenhuma droga para aumentar a fertilidade.

""Eu sou um transexual, legalmente um homem, e legalmente casado com Nancy", diz ele na revista. Conto com todos os direitos federais de um casamento".

Quando trocou de sexo, Beatie se submeteu a uma mastectomia - teve seus seios retirados - e iniciou uma terapia com hormônios masculinos.

"Mas mantive meus direitos reprodutivos", diz ele.

Rejeição
Beatie conta que o casal enfrentou rejeição e chegou a ser recusado por médicos, quando foi procurar inseminação artificial.

"O primeiro médico que procuramos era um endocrinologista especializado em reprodução. Ele ficou chocado com a situação e pediu que eu raspasse os pelos faciais. Depois de uma consulta de US$ 300 ele, relutantemente, fez meus exames médicos", diz ele.

O médico ainda ordenou que o casal fosse examinado pelos psiquiatras da clínica para avaliar se eles tinham "condições psicológicas" de ter um filho.

Mas, segundo Beatie, poucos meses e alguns milhares de dólares depois, o médico suspendeu o tratamento afirmando que ele e seus funcionários se sentiam desconfortáveis por tratar alguém como ele.

"Médicos nos discriminaram, nos mandado embora por causa de crenças religiosas. Profissionais de saúde se recusaram a me chamar por um pronome masculino ou reconhecer Nancy como minha esposa. Recepcionistas riram da gente", afirma.

Ao todo, diz ele, nove médicos foram envolvidos no processo, até que eles conseguiram acesso a um banco de esperma. Mas tiveram que optar pela inseminação caseira.

Quando engravidou pela primeira vez, foi uma gravidez ectópica (quando o embrião se fixa fora da cavidade uterina) de trigêmeos, que fez com que ele perdesse os embriões e uma de suas trompas.

"Quando meu irmão soube disso, disse 'é uma coisa boa isso ter acontecido. Quem sabe que tipo de monstro teria sido?'." A família de Nancy sequer sabia que Beatie é um transexual.

Segundo Thomas, há até pouco tempo, os vizinhos na pequena comunidade de Oregon consideravam ele e Nancy um casal normal, trabalhador e apaixonado, até que eles decidiram ter o primeiro filho.

Além da comunidade médica local, poucos sabem que ele está grávido de cinco meses, mas ele afirma que está se sentindo "incrível".

"Apesar de minha barriga estar crescendo com uma nova vida dentro de mim, estou estável e confiante sendo o homem que sou. De forma técnica, me vejo como minha própria 'mãe de aluguel', apesar de que minha identidade como homem é constante. Para Nancy, sou o marido dela carregando nosso filho."

Fonte: Ig/Último Segundo.

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Lipoaspiração Divina.

promessa de emagrecimento rápido, através de "lipoaspiração divina", do pastor Ubiraci Xavier, da Igreja Evangélica Ministério Brilho do Sol, em Caxias, no Rio, está sendo criticada por especialistas e membros de igrejas católicas e evangélicas.

Segundo a nutricionista Ana Simone Fontoura Vieira, a promessa é uma atitude irresponsável do pastor e representa riscos à saúde dos fiéis. "Não é possível emagrecer só rezando, sem um acompanhamento saudável. Se esses fiéis deixarem de comer direito, a vida deles poderá ficar em risco", alerta.

De acordo com o padre Renato Gentile, da Paróquia de Santo Antônio, também em Caxias, a promessa de milagres alcançados está na Bíblia, mas não dessa forma. "Para Deus, nada é impossível, mas ninguém tem o direito de pregar promessas surreais em nome dele", disse.

O pastor Leandro Reis, da Igreja Evangélica Ministério Apascentar, de Nova Iguaçu, rebate o argumento do pastor Ubiraci Xavier de que o fiel só consegue emagrecer se tiver fé. Ele alega que o fato de o autor da promessa ser um pastor eleva a responsabilidade dele sobre a saúde de quem acredita ser capaz de emagrecer por orações. "Esse extremismo é irresponsável. Usar a fé como apelo é um pecado", critica.

Promessas de milagres e soluções de problemas são comuns em algumas congregações. Em templo de Nova Iguaçu, uma faixa na Igreja Metodista Renovada, no Jardim Corumbá, convida para a ¿Grande Campanha de Libertação Financeira¿. Os ensinamentos são de um ex-viciado em drogas. "Ele levou mais de 30 tiros, ficou em coma, mas sobreviveu. É prova de que milagres existem", diz o aposentado Dermeval Junger, membro da Igreja Metodista Renovada.

Fonte: Portal Terra.

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terça-feira, 25 de março de 2008

Londres: brasileira morre após atendimento negado

A brasileira Wanessa Marques, 23 anos, chegou a Londres em 16 de junho de 2007. Três dias depois, com fortes dores na perna, a jovem, que estava com visto de turista, teve atendimento médico inicial negado na rede pública britânica e morreu de trombose em um hospital pouco mais de um mês depois.

É inevitável pensar que se ela tivesse sido atendida pelo clínico-geral talvez a sua vida tivesse sido poupada", disse à BBC Brasil Vânia da Conceição Borges, mãe de Wanessa. "Eles não poderiam jamais ter negado atendimento. Independentemente de ter o documento ou não, era um ser humano", criticou.

Em resposta à BBC Brasil, o Ministério da Saúde britânico informou que a legislação do país estabelece que os clínicos gerais do sistema público de saúde podem atender gratuitamente (porém não são obrigados) a pacientes com o visto de turista.

"Se optarem por não prestar atendimento gratuito, devem, pelo menos, oferecer ao paciente a possibilidade de pagar pelo tratamento", esclareceu o ministério - o que não teria acontecido no caso de Wanessa.
"Ponto final"

A prima da jovem, Suzi Farias, acompanhou Wanessa ao médico e contou que a clínica negou o atendimento alegando que ela não era residente na Grã-Bretanha.
"Ela (a recepcionista) não só negou atendimento, como também disse não saber onde ela poderia receber assistência. Eu fiquei tão indignada que perguntei: 'se alguém chega aqui morrendo vocês não atendem'? Ela me respondeu que não".
Na Grã-Bretanha, os atendimentos médicos iniciais são prestados pela rede pública, até para os clientes dos planos privados de saúde. Para Wanessa, não teria sido possível, por exemplo, ter optado por um médico particular.

De acordo com informações da Bupa, a maior prestadora de planos de saúde do país, o primeiro diagnóstico é feito, geralmente, por um clínico geral público que, em seguida, pode encaminhar o paciente para o tratamento privado.

Durante duas semanas, Suzi cuidou da prima, aplicando pomadas na perna e dando analgésicos para dor. Um dia, no entanto, Wanessa amanheceu muito amarela e, preocupada, Suzi resolveu pedir a ajuda de sua mãe. "A minha mãe ficou em choque ao ver a Wanessa e me disse para levá-la ao hospital imediatamente, mas, antes mesmo de eu chamar a ambulância, ela teve o primeiro ataque cardíaco", contou.
Wanessa chegou ao hospital com vida e recebeu um marca-passo, que não evitou outros dois ataques cardíacos, levando-a ao estágio de coma durante 20 dias. A mãe de Wanessa chegou a vir do Brasil para acompanhar a filha de perto, mas já era tarde demais.

Ao chegar à Grã-Bretanha, no dia 20 de julho de 2007, recebeu a notícia de que a filha falecera no dia de sua chegada. Sem recursos para enviar o corpo para o Brasil, Wanessa foi enterrada em Londres, onde, como escreveu em seu diário, "seria o seu ponto final".

As despesas com o funeral, que custou 4,1 mil libras (cerca de R$ 14,8 mil), foram pagas com doações da comunidade brasileira.

Problema comum

Um estudo da ONG Médicos do Mundo, com sede em Bruxelas, indica que 76% dos imigrantes ilegais em sete países europeus não têm acesso à assistência médica gratuita. "Essas pessoas deveriam, teoricamente, ter acesso ao tratamento gratuito. Mas, na prática, há uma série de obstáculos", explicou Michel Degueldre, presidente da ONG.

O maior problema, segundo o estudo, é que os residentes ilegais que têm direito à assistência gratuita não sabem disso ou não conseguem informações sobre como solicitá-la. A organização também chama a atenção para o fato de que muitos profissionais de saúde se recusam a oferecer o atendimento estabelecido por lei a ilegais.

Fernanda Nidecker *

*Colaborou: Márcia Bizzotto, da BBC Brasil em Bruxelas

BBC Brasil

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Le Monde: Brasil Mantém "Serenidade" Diante da Crise Internacional

Diante da atual crise financeira internacional, o Brasil mantém uma "bela serenidade", afirma hoje uma reportagem do jornal francês Le Monde.

Em uma análise da conjuntura econômica brasileira, o correspondente do vespertino parisiense avalia que a 10ª economia do mundo "vive um período de esplendor que inspira confiança em seus parceiros, assim como em si mesma".
Entre as razões que o repórter elenca para criar tal clima, está o crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2007 - "a segunda boa notícia do ano, depois do anúncio, no fim de fevereiro, de que o Brasil se tornou credor" no sistema financeiro mundial.

"É o país emergente que mais aumentou seus meios de troca em 2007. O nível de suas reservas - hoje superiores sua dívida externa pública e privada - lhe garante um confortável colchão de divisas que lhe protege da seca do mercado", avalia o repórter.

O jornalista menciona a diversificação dos produtos e destinos de exportação brasileiros, e qualifica de "autônoma e transparente" as intervenção do Banco Central (BC) na economia.

Entretanto, lembra o Monde, há "perigos" que "se aproximam". O primeiro é um ligeiro déficit no balanço de conta-corrente em 2007 por conta do ritmo de importações, elevado pela alta demanda interna e pelo poder de compra do real.

"A inflação é o segundo perigo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva a considera o pior inimigo dos pobres, cuja causa ele defende. O chefe de Estado prefere um crescimento modesto, que não transporte o germe do retorno da inflação", escreve o repórter.

Fonte: portal Terra

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Congressistas Querem Regulamentar Profissão de Teólogo.

Dois projetos de lei em tramitação no Congresso estão causando polêmica pela liberalidade com que conferem o título de teólogo a líderes religiosos. Para ser teólogo, bastaria 'praticar vida contemplativa' ou 'realizar ação social na comunidade', por exemplo.

O primeiro, do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e candidato à prefeitura do Rio, reconhece o não-diplomado que há mais de cinco anos exerça efetivamente a 'atividade de teólogo'. O segundo, do ex-deputado Victorio Galli (PMDB-MT), pastor da Assembléia de Deus, abre mais o leque: 'Teólogo é o profissional que realiza liturgias, celebrações, cultos e ritos; dirige e administra comunidades; forma pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições; orienta pessoas; realiza ação social na comunidade; pesquisa a doutrina religiosa; transmite ensinamentos religiosos, pratica vida contemplativa e meditativa e preserva a tradição. ' A classificação está prevista no artigo 2º do projeto de lei 2.407/07, da Câmara.

Esse perfil abrange todos os padres, pastores, ministros, obreiros e sacerdotes de todas as religiões. O número passaria de 1 milhão, pela estimativa do Conselho Federal de Teólogos (CFT), com base em dados do IBGE. Hoje teólogos devem ser formados em cursos de graduação.
O presidente da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter), Afonso Ligorio Soares, o professor Paulo Fernandes de Andrade, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), levaram suas objeções a Crivella no dia 20 de dezembro, mas não conseguiram que ele desistisse do projeto. Segundo a assessoria do senador, ele concordaria em submeter a questão a um debate mais amplo, convocando uma audiência pública. 'Os projetos são inconstitucionais, porque interferem na liberdade religiosa e na liberdade de a Igreja se definir internamente, pois é ela que decide quem pode ser sacerdote ou pastor', afirma Soares.

Para o padre Márcio Fabri, professor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção da Arquidiocese de São Paulo e ex-presidente da Soter, o teólogo exerce um serviço confessional que é interno às comunidades, às quais cabe regulá-lo.

O projeto de lei do Senado (PLS 114/2005) recebeu parecer favorável do senador Magno Malta (PR-ES), pastor da Igreja Batista. Enviado para a Comissão de Assuntos Sociais do Senado, está pronto há um ano para entrar na pauta de votação.

'Acima de qualquer outra profissão, a profissão de fé exige muito mais de vocação e devoção do que de formação acadêmica', afirmou Crivella ao Estado, por e-mail. 'Contudo, creio que seja útil, embora não indispensável, uma formação em Teologia.' Questionado sobre sua formação, o senador Crivella respondeu que ela ocorreu 'na prática'. 'Professo o evangelismo desde os meus 14 anos de idade e, a par do ministério que exerci no Brasil, também atuei como missionário por quase dez anos na África. Assim, a minha formação decorre de uma longa experiência de convívio com Deus e a Sua Palavra.'

CARTÓRIOS

Segundo o presidente do CFT, pastor Walter da Silva Filho, da Assembléia de Deus, foi o Conselho que sugeriu ao senador a regulamentação da profissão de teólogo. O texto de Crivella prevê a criação, pelo Poder Executivo, de um Conselho Nacional de Teólogos que, na avaliação de Silva Filho, poderia ser o órgão que ele preside.

'Há nos bastidores uma tentativa de forçar, após a aprovação do projeto, a aceitação pelo governo do CFT como órgão competente para registro da profissão de teólogo', adverte o pastor Jorge Leibe Pereira, da Assembléia de Deus. Presidente da Ordem Federal de Teólogos Interdenominacionais do Brasil (Otib), que, assim como o CFT, cobra taxas pela expedição de registro de diplomas e certificados, Leibe afirma que dirigentes do CFT querem o monopólio da Teologia no Brasil, 'o que é inaceitável'. Para Crivella, caso seu projeto seja aprovado, 'o natural será nos encaminharmos para representação única'.

BANALIZAÇÃO

Alertado para o risco de banalização do teólogo, já que pessoas não qualificadas poderiam comprovar, com testemunhas, terem exercido a atividade há mais de cinco anos, Crivella afirma que, pelo seu projeto, só seriam beneficiados os 'estudiosos da realidade da fé', e não todos os ministros de culto.

Teólogo, segundo Soares, que além de presidente da Soter é professor de pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), 'é um estudioso e cientista que faz uma reflexão crítica sobre sua própria religião'.

O pastor presbiteriano Fernando Bortoletto Filho, diretor-executivo da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos, que tem 40 filiados de diferentes denominações, disse ter ficado perplexo com a generalização do conceito de teólogo. 'As escolas formam bacharéis em Teologia que não são considerados teólogos. Merece esse título quem tem produção científica própria, a ponto de se tornar referência por seu pensamento', define Bortoletto, citando como exemplo o católico Leonardo Boff. 'Há professores de Teologia que não são teólogos', acrescentou. O diretor do Seminário Presbiteriano de São Paulo, reverendo Gerson Lacerda, concorda. 'Fiz curso de Teologia, mas não sou teólogo', diz. Lacerda preocupa-se também com a criação de conselhos ou ordens de teólogos. 'Não me filiei a nenhum deles nem vejo necessidade.'

TRECHOS

'Teólogo é o profissional que realiza liturgias, celebrações, cultos e ritos; dirige e administra comunidades; forma pessoas segundo preceitos religiosos das diferentes tradições; orienta pessoas; realiza ação social na comunidade; pesquisa a doutrina religiosa; transmite ensinamentos religiosos, pratica vida contemplativa e meditativa e preserva a tradição'

Projeto de lei 114/05:

Cria o Conselho Nacional de Teólogos, representação única dos teólogos do Brasil
Projeto de lei 2.407/07:

fonte: O Estado de S. Paulo

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Fazendeiro Fotografa Rosto no Céu.



Um fato curioso foi fotografado por um morador de uma fazenda no município de Chapadão do Sul (MS) durante um mau tempo que ocorreu na tarde desta terça-feira: um rosto apareceu em meio às nuvens.

O fenômeno pôde ser visto próximo a uma espécie de redemoinho que se formava no céu junto com a ventania, antes de uma forte chuva.

O fazendeiro José Cláudio Krug informou que no momento do temporal não prestou atenção no rosto e se surpreendeu ao identificar o desenho quando olhou hoje a imagem tirada pela câmera do celular.
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Fonte: Terra/vc repórter.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Candidato a Presidente dos EUA Censura seu Ex-Pastor.

WASHINGTON, 14 Mar 2008 (AFP) - O candidato democrata à Casa Branca Barack Obama denunciou categoricamente nesta sexta-feira as declarações incendiárias de seu ex-pastor, segundo as quais os Estados Unidos são responsáveis pelos ataques de 11 de setembro de 2001.

"Discordo totalmente e denuncio categoricamente as declarações" do pastor Jeremiah Wright, afirmou Obama no site político Huffington Post.

Membro da igreja protestante Trinity Church of Christ, à qual pertence Obama, o pastor Wright considerou recentemente que o "terrorismo" americano era responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001. Ele também afirmou que os negros americanos deveriam dizer "Que Deus amaldiçoe a América" em vez de "Que Deus abençoe a América" por causa do tratamento infligido, segundo ele, aos negros nos Estados Unidos.

Os sermões do pastor Wright, que celebrou o casamento de Barack e Michelle Obama e batizou seus filhos, circulavam nos últimos dias na internet e nos canais de televisão.

O pastor, que se retirou da igreja freqüentada por Obama em Chicago (Illinois), havia criado uma polêmica recentemente ao expressar seu apoio ao líder do movimento muçulmano negro americano "Nation of Islam" Louis Farrakhan, conhecido por suas declarações anti-semitas e homofóbicas.
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Fonte: Uol Notícias.

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Mara Maravilha Sofre Cirurgia de Apendicite.



No início da noite de quinta-feira, 13, Mara Maravilha estava em Mogi das Cruzes, SP, quando passou a sentir dores intensas no abdômen.
O mal-estar fez a cantora, quase desmaiando, procurar um pronto-socorro na região.

Medicada, ela retornou a São Paulo. Mas na tarde de sexta, 14, as dores voltaram mais fortes ainda.

Mara foi internada no Hospital São Camilo, onde o Dr. Masami Sato e equipe submeteram-na a cirurgia de apendicite. A artista ainda não tem data para receber alta, mas recupera-se bem.

Foto: Símbolo Imagens

Fonte: Uol Notícias

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quarta-feira, 12 de março de 2008

Record Cria Braço de Entretenimento.

As áreas de atuação da nova empresa são desenvolvimento e execução de projetos culturais, além do licenciamento de marcas.

Sandra Silva

A Record anunciou nesta terça-feira, 11, a criação da Record Entretenimento, que vai atuar em diversos segmentos: criação, desenvolvimento de projetos e execução de conteúdo para TV aberta e fechada, filmes, peças de teatro, eventos culturais e esportivos, novas mídias e licenciamento de produtos da marca Record.

O vice-presidente de produção da Record, João Luiz Urbaneja, será diretor-executivo da nova empresa que já ocupa um andar no prédio dos Jardins, região nobre de São Paulo, onde está instalado também o departamento comercial, de comunicação e pesquisa da rede. O diretor dos programas "O Aprendiz" e "50 por 1", José Amâncio, será diretor de entretenimento. O primeiro projeto da Record Entretenimento, que deve ser apresentado em breve, será a co-produção de um filme.

Novelas made in Brazil
A Record Internacional apresenta a novela "Amor e Intrigas" no MIPTV08, feira internacional de TV que acontece em abril, em Cannes (França). Os resultados da NATPE, feira de TV em Las Vegas (EUA), que ocorreu no início do ano, animaram executivos do canal.

Em Las Vegas, foram negociados seis contratos de exclusividade de compra de novelas, além de pacotes do "Repórter Record" para os Estados Unidos. O canal também lançou no exterior a novela "Caminhos do Coração".

"O mercado internacional para a Record está aquecido", afirma o diretor de vendas internacionais, Delmar Andrade. "Escrava Isaura", exibido pelo canal Telemundo, tem audiência de um milhão de telespectadores. "Prova de Amor", exibida na Guatemala, transformou-se em campanha de utilidade pública, com o drama de crianças desaparecidas. Em fevereiro, a Record participou ainda do World Content Market, em Praga (República Tcheca), voltado para o Leste Europeu.
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Fonte: Meio e Mensagem.

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terça-feira, 11 de março de 2008

Fundadores da Renascer Obtém HC no STF.

Os bispos Estevam e Sônia Hernandes, da igreja Renascer em Cristo, obtiveram hoje no Supremo Tribunal Federal um habeas-corpus contra a ordem de prisão preventiva decretada pela Justiça de São Paulo. Os dois são acusados de lavagem de dinheiro.

O pedido de prisão foi feito depois de o casal não comparecer a uma audiência de instrução e julgamento. A ausência foi justificada com um atestado médico cujo emissor não possuía registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).

"O fato não viabiliza por si só a prisão preventiva", afirmou o ministro Marco Aurélio, relator do habeas-corpus.

Com a decisão, os bispos poderão retornar ao Brasil, após o cumprimento de pena nos Estados Undios. Ao retornarem, poderão prestar os esclarecimentos devidos em todos os processos onde são acusados pela Justiça paulista.
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Fonte: Terra.

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segunda-feira, 10 de março de 2008

Surfando com Jesus.


Por que a Igreja Bola de Neve seduz surfistas, jovens de classe média e famosos.


Poucos metros separam dois points da juventude carioca: a Praia do Pepê e o templo da igreja Bola de Neve Church, ambos na Barra da Tijuca. Na praia, os surfistas usam as pranchas para pegar onda e, nos cultos, elas estão no altar. É isso mesmo.

Criada há quase uma década por um surfista de São Paulo, Rinaldo de Seixas Pereira, a igreja nasceu com o objetivo de aproximar os jovens da religião. Hoje, os cultos mostram que a meta foi alcançada. Qualquer um dos 75 templos espalhados pelo País fica lotado de meninas e meninos bronzeados, bonitos, malhados, tatuados.

De quebra, ela também está conquistando famosos como os atores Guilherme Berenguer, Fernanda Vasconcellos, Thiara Palmieri, Alexandre Frota e o cantor e ex-Raimundos Rodolfo. O que atrai tanta gente? Há, certamente, mais de um motivo. O púlpito em forma de prancha, a pregação embalada pelo reggae, a Bíblia com imagens de esportes radicais na capa, além de pista de skate. O culto parece uma festa. Mas os preceitos bíblicos, entre os quais virgindade até o casamento, são o centro das atenções.

Segundo Eduardo Refkalefsky, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em comunicação religiosa, o sucesso está justamente no equilíbrio entre forma e conteúdo: “A Bíblia é apresentada com uma linguagem jovem. A informalidade é atraente e gera identificação”, afirma.

Tudo é diferente, a começar pelo nome. Bola de Neve quer dizer algo que não pára de crescer. “Acreditávamos que a igreja começaria pequena e ficaria grande, como uma avalanche”, explica Rinaldo, o pastor Rina, 36 anos, ex-usuário de drogas que se tornou evangélico após contrair uma hepatite, em 1992. “O nome é diferente porque a igreja é diferente”, resume. O ator Guilherme Berenguer concorda. Ele encontrou na Bola de Neve um ambiente estimulante: “O que fascina é a possibilidade de receber orientação espiritual de uma forma completamente descontraída e livre. Não tem o peso que eu sentia na escola dominical quando criança. Eu não absorvia tanto os ensinamentos da forma como eram passados. Não tinha essa identificação.” Sempre que pode, o ator vai aos cultos, que são realizados duas vezes por semana, aos domingos e às quartas-feiras.

Cânticos em ritmo de reggae e rock dão início à reunião. Os nossos jovens dançam, acompanhando os passos de duas dançarinas que agitam lenços coloridos. De calça jeans, tênis e camisa florida, o pastor Gilson Mastrorosa, 33 anos, sobe ao altar meia hora depois. “A igreja tá bombando”, diz ao microfone, arrancando palmas dos fiéis, que ainda procuram um lugar para sentar ou mesmo ficar em pé. Ele pára e observa a movimentação. De repente, se joga no chão, simulando um cochilo. As gargalhadas são inevitáveis. “Pára de palhaçada. Vamos prestar atenção”, pede, ainda rindo, ao se levantar. Mas as brincadeiras continuam, mesmo durante o casamento de dois vendedores que superaram uma crise conjugal – claro, graças à Bola de Neve. “Deixa ver se essa aliança não é dá China”, brinca, antes de celebrar a união de Fernanda de Lucena e Roberto de Azevedo, ambos de 33 anos. “A gente não faz tipo de pastor. No altar somos nós mesmos”, afirma, convencido de que isso é uma vantagem. Cunhado de Rina, foi ele quem instalou a igreja no Rio, há cerca de três anos. Nos primeiros seis meses, as reuniões realizadas em uma sala de um edifício comercial, na Barra, tinham apenas uma dúzia de freqüentadores. Hoje, o salão para 600 pessoas está pequeno e, por isso, será ampliado em breve. Sem contar que a zona sul deve ganhar um templo ainda este ano.

O pastor, porém, pára com as gracinhas ao pedir a colaboração dos fiéis. É hora do dízimo. Embora mantenha o tom informal, recheado de gírias, o discurso também é mais sério quando começam os estudos bíblicos. Segundo o professor Refkalefsky, da UFRJ, a Bola de Neve tira proveito das novas tecnologias, muito utilizadas pelos jovens. “Além do site, que mais parece o de uma grife de surfwear, eles são muito populares em páginas como o Orkut. Esse boca a boca virtual a ajuda a crescer”, argumenta. A informalidade, contudo, não se confunde com flexibilidade. Quem é da igreja segue a Bíblia. Ninguém está proibido de ir a festas, mas os jovens fiéis acabam evitando as noitadas, normalmente regadas a bebidas. É o caso da estudante Milla Knesse, 17 anos, que se converteu aos 14 e já começa a fazer pregações para adolescentes. “Não vou mais a alguns lugares aonde ia porque meus objetivos mudaram, mas continuo saindo muito”, diz Milla, que pega onda, faz kitesurf e usa as mesmas roupas das meninas de sua idade. Mas não namorou mais desde que se converteu. “Entrei na igreja namorando um menino que não freqüentava. Eu achava que não íamos terminar, mas não deu certo”, lembra. Terá mais chances com a bela garota um parceiro que também goste de Jesus.
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Fonte: IstoÉ on line.
Reportagem de Adriana Prado.

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quarta-feira, 5 de março de 2008

Miopia Matemática.

A ignorância matemática da maioria é explorada pela minoria; nos campos de estatística e probabilidade, até doutores escorregam.

"IMPOSTO SOBRE imbecis", escarneceu o conde de Cavour (Camillo Benso, 1810-61), quando o governo estendeu a loteria napolitana ao resto da Itália. Mas Cavour não ousou explicitar como esse tributo sobre burrice (e esperança) ilustra proveitos que a minoria dominante explora na ignorância matemática da maioria.
Considere a ilusão supersticiosa de probabilidades. Teoricamente, a Mega-Sena pode premiar hoje os mesmos números sorteados na véspera -mas quem aposta neles? Nos anos dourados da Loteria Federal, quase ninguém comprava bilhetes "difíceis", como o 5.555, que no Grande Prêmio de Natal de 1943 encalhou numa loja do concessionário lotérico Ricardo Fasanello (e o desencalhou do atoleiro de outros negócios).
Para nos propiciar agricultura, comércio e civilização, a matemática teve de superar muita inércia intelectual. Em sua famosa carta, Caminha grafou os números em algarismos romanos minúsculos: "E sábado, xiv do dito mês, entre as viii e ix horas...". A elite letrada ainda não adotara o sistema numeral indo-árabe, com suas revolucionárias novidades: valor posicional dos algarismos e zero.
Os árabes transpuseram para a notação matemática o sentido da escrita deles, da direita para a esquerda. Os europeus a copiaram. (Daí efetuarmos operações aritméticas da direita para a esquerda, embora escrevamos em sentido inverso.) Já o zero era um bicho que nem uns nem outros souberam domesticar.

Pergunte a um matemático por que nem o computador sabe dividir por zero. Ele talvez resmungue algo como "a expressão x/0 não faz sentido". E se ele pegar o giz para lhe demonstrar por quê, saia de perto. Ou pergunte por que 20=1. Mais: por que todo número elevado à potência de zero também é igual a 1. O matemático confessará que ele e os colegas admitem tais juízos apenas por convenção, não sabem comprová-los em teorema.

Zero é o primeiro número da ordem das unidades; cada um dos outros, até o nove, é soma do precedente mais um. Mas, sem ser 9+1, o zero aparece como último dígito nas escalas de licenciamento e rodízio de carros de São Paulo. Decerto persiste aí inconsciente e nostálgico contar nos dedos, o zero como fantasma do X romano. No computador, teclas acima das letras enfileiram dígitos de um a zero, que é a mesma seqüência em teclados telefônicos. (Já na calculadora do computador, como noutras, a seqüência é correta, embora invertida.)

Em nossas loterias (alô, Cavour), não há número zero, o primeiro é um.
E em toda parte há generalizada confusão entre número e algarismo. Como obedecer a instruções do tipo "digite agora os 16 números de seu cartão", se meu cartão tem apenas um número, de 16 algarismos?
Nos campos da estatística e das probabilidades, até doutor escorrega.

O economista Marcio Pochmann, professor licenciado da Unicamp e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), escreveu aqui em 7 de fevereiro: "(...) o ingresso na vida laboral iniciava-se aos cinco ou aos seis anos de idade e se encerrava somente com a morte, geralmente próxima dos 35 anos, que representava a expectativa média de vida dos brasileiros do início do século 20".

Por convenção, a expressão "expectativa média de vida", quando não qualificada, subentende expectativa ao nascer. Descontada a taxa de mortalidade infantil, a média aumenta: quem sobrevivesse à dizimação dos primeiros cinco ou seis anos iria viver "geralmente" muito mais que 35. Para corrigir tais distorções, demógrafos e estatísticos adotam a "expectativa média de vida aos cinco anos" (e5), pela qual o autor teria evitado o embaraçoso erro de conta.
Aí, apenas cochilo. Noutros casos, porém, correlações estatísticas são invocadas como "provas". Considere estes dois fatos correlatos: 1) a oposição derrota a situação e assume o poder; 2) ao mesmo tempo, o país adentra período de prosperidade sem precedentes. Algum nexo causal?

Talvez sim, mesmo que a mudança de governantes não se acompanhasse de alteração no modelo econômico capitalista. Mas fatoremos. Deve-se creditar aos novos governantes a dinamização da voracidade econômica da China? Conseqüente expansão da demanda mundial de nossos artigos primários? Concomitante elevação de preços internacionais desses artigos? Ganhos de outros países fornecedores de matérias-primas aos chineses? Gasto desses ganhos na importação de manufaturas?
Quod erat demonstrandum.
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ALDO PEREIRA, 75, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha.
aldopereira.argumento@uol.com.br

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