sábado, 8 de dezembro de 2007

Quem Sou Eu?

Um dia (ou foi noite?) de janeiro, ou fevereiro de 1952, meu pai e minha mãe resolveram “me fazer”. Se fruto do amor, ou da distração, não sei, mas foram bem eficientes. Então, em 6 de novembro , eu vim ao mundo, no dia em que, pelo que disse minha mãe, um avião caiu na cidade (Birigui/SP)...


Nem por isso, acredito que eu tenha nascido sob o signo do desastre e da catástrofe, apesar de que eu já tenha experimentado o gosto amargo da desilusão.


Eu mesmo, às vezes, não me entendo.


Como todo sanguíneo, eu gosto de uma certa bagunça e de espalhar alegria.

Mas nem sempre foi assim. Quando pequeno, eu era muito organizado e carrancudo, nem sei por que, contrariando o meu próprio temperamento.


No entanto, quando trabalhei num jornal da cidade, meus estereótipos foram para o brejo e minha organização pras cucuias.


Foi difícil retomar as rédeas e colocar em ordem as minhas coisas e a minha própria vida, justamente quando comecei a conhecer as belezas do Evangelho. Mas, com a ajuda de minha amada Ana Maria, uma colérica roxa, eu vou tentando ser organizado, mas a alegria de viver está em alta.


Quando fui para Santos, experimentei o que é solidão (inacreditável, né!).

Mas também, lá minha personalidade foi moldada à imagem e graça de Deus (e também, à imagem dos amigos que lá deixei!)


Quando lá cheguei, trazia nas malas os sonhos de um jovem que queria conquistar o mundo. Promoção. Stress. Perdas. Casamento, 2 filhos. Quando saí, nada mais queria que paz e tranqüilidade.


Engraçado que, de volta ao interior, na terra de meus antepassados, retomo a vida, a advocacia e o ministério pastoral. Povo. Traições. Dificuldades. Tudo isso, maior que uma montanha, procurando me tragar e à minha família. Mas não desistimos.

Retomamos as rédeas, passamos os balcãs, atravessamos rios, chegamos.

Filhos espirituais, discípulos, que nos enchem que alegria e lotam nossa casa!


Eu, meio abestalhado, olho ao redor, vejo o Felipe, meu netinho primogênito, com seu sorriso encantador, que me desmonta e faz largar todos os papéis e a leitura, para rolar no chão e me lambuzar com seus beijinhos e amassos.


Não me esqueço de que gosto de um carinho, de uva, manga, arroz temperado e uma boa salada.


Mas odeio a inveja, as máscaras, o desamor, a dureza de coração. E não entendo porque eu sempre quis ajudar os outros, ver o crescimento do próximo, à custa de meu próprio sacrifício e recursos. E fico feliz quando vejo as pessoas prosperando!


Mas aí, é outra história!

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